Conjuntura e o Novo Ciclo Político no Brasil

Por Alex Saratt, Vice-presidente do CPERS Sindicato

Marta Bringmann

8/30/20232 min read

Nesta quarta-feira (30) o vice-presidente do CPERS Sindicato, Alex Saratt, esteve no SIMCA durante a Plenária de Delegados e Delegadas para facilitar uma formação sobre a Conjuntura e o Novo Ciclo Político no Brasil.

Na perspectiva dos serviços públicos, Saratt destaca que o novo governo aposta na democracia e cria canais de diálogo e valorização dos trabalhadores, fortalecendo as instituições públicas para implementação das políticas que garantem os direitos fundamentais descritos na Constituição de 1988, que, depois de 35 anos, ainda enfrenta desafios para sua aplicação na integralidade.

Saratt resgata o ditado popular “a cabeça pensa do onde os pés pisam”, para ressaltar a importância das entidades sindicais estarem na base e a importância de analisar a conjuntura para planejar as ações nos territórios. Para isso, a renovação, a formação e análise da realidade são fundamentais para manter a articulação dos trabalhadores e construir lutas que deem conta dos desafios do dia a dia do trabalho.


Assim, a análise da conjuntura e da estrutura da sociedade são fundamentais para compreender a maneira que as desigualdades do sistema capitalista afetam os serviços públicos.

Segundo dados do IBGE, metade dos trabalhadores, formais ou informais, recebem até um salário mínimo e tem uma superdependência dos serviços públicos (saúde, educação, segurança, infraestrutura, etc).

Os serviços públicos, por sua vez, sofrem com as terceirizações, precarização do trabalho, com falta de equipamentos e profissionais. Isso faz com que quem está na linha de frente na execução das políticas públicas sofra com a sobrecarga de trabalho e com a pressão da população para atender as necessidades das comunidades. Vimos isso recentemente com as trabalhadoras da saúde durante a pandemia, colapso na educação por falta de RH, escolas interditadas com estruturas comprometidas, cozinheiras e funcionárias terceirizadas com salários atrasados, e por aí vai.

Os desafios dos sindicalistas para o período, segundo Saratt, são a atualização das organizações de trabalhadores e o debate para uma reforma sindical que abrace as novas demandas que a reforma trabalhista trouxe, construindo força popular para lutar pela conquista dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras para fazer valer a Constituição.

Plenária de Delegados e Delegadas no turno da tarde

Alex Saratt, Professor de História da rede municipal e estadual de ensino em Taquara (RS) e Vice-presidente do CPERS Sindicato